segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fragmentos de felicidade expressa

Felicidade expressa é aquela felicidade de segundos, minutos, no máximo um dia. É aquela boa sensação de vitória quando ganhamos uma discussão besta. Aquele sorrisinho de lado que esboçamos aos excluídos quando passamos para uma área VIP. Ou o alívio que antecede a culpa por comermos um doce a mais ou fumarmos um cigarro a mais. Era pra ser um estado contemplativo. Era pra ser curtido sem culpa nenhuma. Mas é tão curto, dura tão pouco, que nem estado é considerado.
Imagino se um dia, por estarmos cansados da busca pela felicidade, começássemos a juntar todas essas passagens da alma humana que nos acometem em um fragmento único. A busca sofrida pela felicidade acabaria, com toda a certeza. Livros de auto-ajuda juntariam poeira nas prateleiras. Consultórios terapêuticos ficariam mais vazios que a própria proposta da terapia. E seria felicidade para jogar fora por aí. Daria até dor de barriga.
Logo, logo, a idéia inicial de felicidade expressa estaria acabada. Mais uma das minhas teorias furadas.
E em mim se instalaria um profundo vazio criativo.
Seguem, em três partes, fragmentos de felicidade expressa. Ou talvez expressões de felicidade apenas. Entendam da forma que acharem melhor.

2 comentários:

... disse...

"Felicidade expressa"
Taê, se a teoria é furada eu não sei não...mas um novo adepto nasceu hj aki no quarto..
Abraço!

Ya SF disse...

adoraria que essa felicidade fosse acumulativa... aí seríamos suficientemente felizes ?!?!
O ser humano sempre quer mais...
será que as pessoas competiriam por felicidades expressas, e os adolescentes comparariam? ahuahua
Amável. Tinha que ser a Nai